Ruínas
A música do final do século XX viveu dos despojos dos grandes edifícios musicais que se desmoronaram sob o peso das convenções e o esgotamento dos recursos que os sustentavam. Para todos os efeitos, as últimas vanguardas datam dos anos 1960. Desde então cria-se música com todo o tipo de materiais e referências, vindos do passado, recuperados das geografias periféricas do planeta ou mesmo pilhados dos media. Redescobriu-se, até, o gosto pelo jogo e pelos labirintos, algo que ainda persiste nas sociedades orientais e africanas, mas que o Ocidente esquecera. O foco de Ruínas está não no colapso do modernismo, mas nas novas vias que surgiram numa altura em que já tudo parecia esgotado.
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