Este é um espaço de presença e de acção. O backstage da minha produção de escrita, da minha fala pública e dos vários tipos de intervenção que possa ter, por exemplo ao nível da programação e da curadoria.
Irei aqui vazando ocasionalmente impressões, pensamentos, análises de discos, concertos, livros, espectáculos, apontamentos de um devir quotidiano feito de fruições e desejos, acontecimentos e eventualidades. Tudo aquilo que não fique registado ou assinalado em outros sítios – ou mesmo que fique, porque há sempre outras perspectivas possíveis das coisas, mais personalizadas e subjectivas, que são tão importantes quanto os formalismos de um ensaio ou de uma peça jornalística – ficará guardado neste blogue.

Manifesto Anti-Hoppenot

Em 2005 fui bater à porta da minha editora de então, a Hugin, para entregar um novo livro, “Senso-Sentido”, este em parceria com Carlos “Zíngaro”. Ninguém abriu: a Hugin tinha fechado e os seus responsáveis nada me disseram. Tentei outras editoras, mas obtive de todas a mesma resposta: não. O livro era quadrado, ficava caro por causa do corte de papel, e acabou na gaveta. Ou melhor, num CD-R guardado numa caixa em casa do meu irmão Carlos, que se encarregara da paginação. Pois acontece que ele encontrou agora esse backup. Fica aqui disponibilizado em PDF um capítulo de tal empreitada. E virá depois um outro, se gostarem.

Carlos “Zíngaro”: imagem
Rui Eduardo Paes: texto
Carlos Paes: design e paginação

Nascido na Ilha de Moçambique em 1961, Rui Eduardo Paes é uma referência no jornalismo cultural português. Com 40 anos de carreira, destacou-se na música, dança e arte intermedia. Autor de 11 livros, foi editor da revista jazz.pt e curador do ciclo Jazz no Parque. Reconhecido como um dos melhores jornalistas pelo professor Mário Mesquita, sua abordagem eclética o torna um crítico musical único em Portugal.